Textos

Dia de campo sobre Pinhão manso

// 03 março 2007 // 1 Comentário » // Biodiesel

Pinhão manso - Biblioteca EPAMIG

Por Univaldo Vedana

A EPAMIG, Empresa de Pesquisas Agropecuária de Minas Gerais realizará no próximo dia 08/03 (próxima quinta-feira) em Nova Porteirinha – MG o “Dia de campo sobre o pinhão manso“. O evento tem por objetivo apresentar a cultura para a região, divulgar as pesquisas feitas, as que estão em andamento e propor novas pesquisas.

O Dia de Campo mostrará os primeiros resultados das pesquisas da empresa, apresentados por seus pesquisadores. Hora e local ideal para fazer perguntas e esclarecer as dúvidas.

A EPAMIG é pioneira em pesquisas sobre pinhão manso. Nos anos de 1982 a 1985, ela realizou algumas pesquisas sobre a planta, mas o projeto teve de ser suspenso por diversos motivos, entre eles, a falta de verbas e desinteresse político.

A retomada das pesquisas pela EPAMIG ocorreu em 2004 e hoje é uma das grandes pesquisadoras, com diversos campos experimentais espalhados por todo o estado Mineiro.

As inscrições são gratuitas. Maiores informações pelo tel. 038 3821 2160.

Atualização (O Estado de Minas): Técnicos da empresa inglesa D1-Oil, que opera com combustíveis, estiveram em Nova Porteirinha, no Norte de Minas, onde foram conhecer o campo experimental de plantação de pinhão manso que a Empresa de Pesquisas Agropecuárias de Minas (Epamig) implantou no município. O grupo inglês está interessado em montar usina para beneficiamento do produto na região.

Custo Brasil

// 28 fevereiro 2007 // Sem comentários » // Biodiesel

Mato Grosso - Rondonópolis alto araguaia estrada

O Grupo Agrenco da Holanda, que no ano passado anunciou a construção de uma usina de biodiesel no município de Rondonópolis a 210 km de Cuiabá, anunciou nesta semana a transferência de seu projeto para o município de Alto Araguaia, 200 km ao sul de Rondonópolis.

Motivo. Alto Araguaia é o município mais ao norte da região atendido pela ferrovia Ferronorte, situa-se ao sul de Rondonópolis e está no caminho natural do soja e outros grãos com destino ao porto, mesmo em carretas vindas do norte do MT.

O custo com transporte tirou Rondonópolis do páreo de um investimento de 175 milhões de reais, mesmo apresentando melhor infraestrutura de serviços e transferindo dezenas de empregos para Alto Araguaia.

Áreas para petróleo verde

// 12 fevereiro 2007 // 2 Comentários » // Biodiesel

Por Univaldo Vedana

Campo de Girassol

Números divulgados pelo Ministério da Agricultura sobre área agrícola utilizada no Brasil:

  • 42 milhões com lavouras anuais (grãos e fibras)
  • 15 milhões com culturas permanentes (café, frutas)
  • 6 milhões com cana.
  • 220 milhões de hectares utilizados com pastagens (pecuária)

Total de área utilizada: 282 milhões de hectares
O Brasil ainda dispõe de mais 80 milhões de hectares de terras agricultáveis não exploradas. Com emprego de tecnologia será possível liberar mais 30 milhões de hectares hoje destinados à pecuária, para a agricultura, totalizando 110 milhões de hectares em novas áreas para a produção de grãos e cana.

É bom lembrar que a pecuária brasileira tem 190 milhões de cabeças e utiliza 220 milhões de hectares, portanto, na média a pecuária subutiliza as pastagens com menos de uma cabeça por hectare.

Outro aspecto a ser considerado na área de produção de grãos de 42 milhões de hectares é a possibilidade de efetuarmos em boa parte desta área, plantios de oleaginosas de segunda safra (safrinha) ou plantios de inverno de girassol, nabo forrageiro, colza, canola, linhaça, entre outras especificamente para biodiesel. Lembrar também, que estes produtores têm terras, máquinas, tecnologia e vontade de produzir, o que lhes falta é que alguma usina de biodiesel garanta em contrato a compra ou troca de sua produção.

Lula apóia o pinhão manso

// 01 fevereiro 2007 // 6 Comentários » // Biodiesel

Lula Segurando a jatropha curcas

A imagem acima é a foto de capa da Folha de S. Paulo de hoje, tirada durante a inauguração da usina de Crateús da Brasil Ecodiesel. Para aqueles pouco familiarizados, a planta que o Presidente está segurando é o agora famoso, pinhão-manso (Jatropha curcas). O presidente há tempos vem aos poucos falando da planta, e hoje aparece no jornal de maior circulação do Brasil segurando o pinhão manso, e não mais a mamona.

O pinhão manso que no início da década de 80 foi alvo de um excelente trabalho de pesquisa pela EPAMIG, mas que depois de concluída a primeira etapa, foi abandonado (por motivos que não cabem ser colocados aqui), e não se ouviu mais falar da Jatropha até 2003. Quando então, com o lançamento do site www.pinhaomanso.com.br e com ajuda dos produtores e pesquisadores de todo o Brasil, nós conseguimos fazer essa planta voltar ao cenário de pesquisas e cair nas graças do presidente.

Talvez o maior motivo pelo qual Lula está associando sua imagem ao pinhão manso é o fator social da planta. O pinhão manso não é uma cultura mecanizada e ao contrário da cana, precisa de mão de obra o ano inteiro. Isso geraria emprego fixo no campo, muitos empregos.

Mesmo sem muitas pesquisas que comprovem sua eficiência em larga escala, o pinhão manso pode deixar um legado que nenhum presidente se arriscaria a deixar passar.

O Brasil ainda não é um exemplo de inclusão social

// 30 janeiro 2007 // 2 Comentários » // Biodiesel

Agricultura familiar
O biodiesel gera emprego, gera renda, gera desenvolvimento. E o nosso programa poderia ser um exemplo a ser financiado pelos países ricos aos países pobres africanos e aos países da América Central

A frase acima foi dita pelo presidente Lula no Fórum Econômico Mundial.

Na prática, emprego, renda e desenvolvimento com o biodiesel, ainda são objetivos a serem alcançados. O programa brasileiro de biodiesel foi concebido visando à inclusão social, a revolução no campo, onde os pequenos agricultores teriam renda digna e permaneceriam no campo. Isto não aconteceu. O que estamos vendo, em maior parte, são projetos desenvolvidos utilizando o agronegócio da soja. Nada contra, mas atualmente estes projetos, entre outros problemas, carecem de lucratividade. Em função do aumento mundial da utilização de óleos vegetais para fins carburantes, os preços atingiram patamares inviáveis para a produção de biodiesel em território brasileiro.

No Brasil, não só o preço do óleo de soja, mas também a carga tributária limita a produção de biodiesel. Enquanto na Europa os governos isentaram impostos e em alguns países subsidiaram a produção, aqui o PIS/COFINS e ICMS deixam o biodiesel sem competitividade.

Projetos voltados para a agricultura familiar são poucos e recentes, embrionários ainda, e demandam de tempo para mostrar resultados. Falta muito para que estes projetos possam ser considerados exemplos a serem seguidos pelo mundo afora.

Semelhanças Internacionais: Soja e Dendê.

// 17 janeiro 2007 // 1 Comentário » // Biodiesel

Soja e Palma

Em texto publicado ontem, a Reuters retratou o problema que o Biodiesel na Malásia irá enfrentar este ano: A alta do preço do óleo de Palma e a queda do preço do petróleo. A Malásia é a maior produtora do mundo de óleo de Palma (planta conhecida no Brasil como dendê) e o seu projeto de biodiesel é praticamente todo fundado nesse óleo, que subiu 40% em 2006. E o preço do petróleo, que regula a margem de lucro de uma usina, sofreu forte queda nos últimos 30 dias. Com tudo isso, os especialistas duvidam que a quantia de 1 milhão de toneladas de biodiesel seja produzida em 2007 na Malásia.

Percebem a semelhança do problema da Malásia com o Brasil? O Brasil é o segundo maior produtor de soja e quase todos os grandes projetos de biodiesel brasileiros são baseados no óleo de soja. O preço do óleo de soja está subindo e do petróleo caiu, podendo se estabilizar na casa dos 50 dólares. As conseqüências aqui serão as mesmas: diminuição na produção e freio nos investimentos no setor.

Mas nada disso é novidade, o Univaldo Vedana vem falando há tempos que a Usinas de biodiesel devem se preocupar primeiramente com a matéria-prima e procurar ao máximo não depender do mercado da soja. Com os preços nesses patamares ficará difícil conseguir investidor para uma usina de biodiesel que utilize soja como principal matéria-prima.

A usina ideal deve utilizar uma matéria-prima que não tenha mercado formado, como a soja no Brasil ou a palma na Malásia. Muitos produtores no Brasil não produzem em suas terras no inverno porque não tem quem compre sua produção. São grãos sem comercialização estruturada no Brasil, como a colza, o nabo forrageiro e muitos outros grãos que não são produzidos apenas porque não tem venda e preço garantido ao produtor. Há ainda outra categoria de matéria-prima, na qual se enquadra o pinhão manso, a dos grãos sem nenhum comércio mundial. Uma usina de biodiesel que tenha como matéria-prima o pinhão manso, o tungue ou outra oleaginosa específica para biodiesel, não sofrerá com as variações do mercado de óleos no mundo, pois seu óleo só será utilizado para a produção de biodiesel, consequentemente seu preço será ditado pelos produtores de biodiesel.

São essas alternativas que devem ser exploradas e incentivadas pelas usinas e Governos. Fazendo isso o Brasil, a Malásia e qualquer outro país que queira produzir biodiesel, poderá ter certeza de quanto será produzido e as usinas estarão livres das freqüentes variações de preço que ocorrem com óleos mais consumidos no mundo.

Os caminhos e descaminhos do biodiesel

// 15 janeiro 2007 // 1 Comentário » // Biodiesel

Por Univaldo Vedana

Imposto pago

O texto atrativo especial toca um ponto importante: os impostos do biodiesel, e merece alguns comentários.

Dizer que o biodiesel ficará imune aos descaminhos da carga tributária e desvios de impostos seria uma utopia. Cabe aos órgãos competentes criar mecanismos para que isto seja evitado.

Por outro lado, a produção de biodiesel pelo sistema de troca, escambo, ou ainda para uso e consumo próprio não pagará ICMS, PIS/COFINS e não estará fora da lei. A empresa que optar por estes sistemas estará trabalhando na legalidade. Isto não quer dizer que esta empresa não esteja obrigada a ter todos os registros exigidos pela legislação, entre eles; Licença Ambiental, Registro na Receita Federal e ANP, Prefeitura, Ministério do Trabalho, etc.

Por estes motivos que estamos vendo grandes consumidores atuais de diesel (empresas de ônibus, transportadoras e grandes indústrias) interessados na produção de biodiesel para consumo próprio, pois com a isenção tributária neste tipo de operação, o biodiesel, como um passe de mágica, torna-se extremamente viável, desde que não seja com óleo de soja comprado a R$ 1,50 o litro.

BSBios inicia contratação de operadores

// 08 janeiro 2007 // 47 Comentários » // Biodiesel

BSBios Energia Renovável

Nos últimos meses temos recebido uma média de um e-mail por dia com curriculum de pessoas com os mais variados perfis. É natural que com o desenvolvimento do setor de biodiesel tenhamos uma maior procura por empregos nessa área. Assim, para todos aqueles que estão procurando por trabalho, a usina de biodiesel de Passo Fundo, BS Bios, iniciou o processo de seleção para ocupação de 110 vagas para as funções de:

  • Operador para a indústria de biocombustível
  • Gestão de pessoas
  • Engenheiro químico

Os interessados devem se inscrever para as vagas no site da BS Bios. Para enviar o curriculum através do site, os candidatos devem ter formação técnica mínima em Mecânica, Eletrotécnica, Mecatrônica, Agrícola, Química ou Segurança do Trabalho. Nesta primeira etapa serão abertas 40 vagas para a função de operador.

A usina da BS Bios já está com mais da metade de sua construção pronta e deve entrar em operação dentro de 3 meses. Para conhecer os detalhes da usina visite nossa página sobre a BS Bios.

Bento XVI: Renovável Papa

// 02 janeiro 2007 // 2 Comentários » // Biodiesel

Papa Bento XVI

Em mensagem divulgada algumas semanas atrás, o Papa Benedito XVI manifestou sua preocupação com o meio ambiente e a crise energética. Seu temor é que a destruição e o uso impróprio do meio ambiente, e ainda que a violenta apropriação dos recursos naturais causem ainda mais conflitos em nome do desenvolvimento.

O Papa alerta para a crescente demanda de energia dos países industrializados, elevando os preços e deixando algumas regiões do mundo sem condições de se desenvolverem. E pergunta:

O que vai acontecer com essas populações? Que tipo de desenvolvimento ou não-desenvolvimento será imposto a eles, devido a falta de energia? Quais injustiças e antagonismos vão surgir dessa corrida energética? Como vão reagir aqueles que foram excluídos dessa corrida?

Essas perguntas trazem a tona um interessante ponto para discussão, pois com os preços do barril de petróleo crescendo, muitos países podem parar no tempo por não terem condições de pagar pela energia. Esse cenário pode ser evitado e respondidas as perguntas do Papa com o desenvolvimento de alternativas energéticas. Existem muitas se desenvolvendo e o biodiesel é uma das mais promissoras.

Mas esses países menos favorecidos precisarão de ajuda e a cooperação brasileira será fundamental, pois temos condições de assumir a liderança nesse novo cenário mundial.

Atualização: Tivemos diversas cooperações em 2006, com o Brasil ajudando países como o Haiti (2), Honduras, Paraguai e outros acordos (2) transferindo parte de nossa tecnologia para produção de biodiesel, matérias-primas e enviando sementes para ajudar no desenvolvimento dos programas locais.

Agradecemos aos leitores Antonio Carlos e Carlos Eduardo pelo envio das informações adicionais.

Projeções americanas para o preço do petróleo

// 18 dezembro 2006 // 2 Comentários » // Biodiesel

Preço do petróleo histórico

O departamento de energia dos Estados Unidos divulgou previsões para o preço dos combustíveis fósseis nas próximas décadas. O barril de petróleo deve ficar entre $50 e $60 dólares em 2030.

As previsões feitas pelo departamento americano são sempre conservadoras, nos últimos anos as previsões indicavam um preço na faixa de $30 dólares, enquanto o barril chegou aos US$80.

Com o preço do petróleo nessa faixa, os combustíveis renováveis são economicamente viáveis (especialmente o biodiesel) e como o governo americano usa como base essas previsões para definir sua política energética, não é difícil imaginar um maior desenvolvimento de energias alternativas.

E isso deve servir de incentivo aqui para o Brasil, onde temos condições de produzir biodiesel mais barato e em maior quantidade. Os investimentos nacionais em biodiesel estão apenas começando e as perspectivas melhoram a cada dia, quem sabe em 2007 não veremos uma explosão de investimentos no setor?

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