Textos

Crambe (Crambe abyssinica) promissora planta para Biodiesel

// 03 maio 2007 // 60 Comentários » // Biodiesel

Crambe abyssinica

O crambe (Crambe abyssinica – planta da família das brassicaceae) surge como planta com grande potencial para a produção de matéria-prima para biodiesel. As pesquisas realizadas pela Fundação MS de Maracajú MS, apontaram para uma produção entre 1.000 e 1.500 quilos por hectare. A grande tolerância à seca, à geadas e a sua precocidade são as grandes vantagens da planta, que floresce aos 35 dias e pode ser colhida aos 85/90 dias, com maturação uniforme.

Para o plantio são necessários entre 12 e 15 quilos de sementes por hectare e não exige tratos culturais específicos. Para seu cultivo são necessários apenas a dessecação da área a ser plantada, a operação de plantio, de colheita e o transporte, com um custo máximo entre R$ 150,00 e R$ 200,00 por hectare.

Revista BiodieselBR

Assinar

A planta tem despertado interesse dos produtores de soja, porque todo seu cultivo é mecanizado e principalmente, por ser uma cultura de inverno (mais uma alternativa para a safrinha), plantada após a colheita da soja em março/abril e ter baixo custo de produção com percentual de óleo total entre 26% e 38%. A extração do óleo pode ser feita de forma mecânica, com extrusora e prensa.

Um dos maiores problemas que a produção de biodiesel vem enfrentando é a falta de matéria-prima (ou matéria prima cara), e o crambe por ser uma cultura mecanizada poderá ser produzida em grande escala e rapidamente, sem grandes investimentos por parte dos produtores rurais, bastando que tenham garantia de venda de sua produção.

Por Univaldo Vedana

O Produtor Rural Brasileiro

// 01 maio 2007 // 4 Comentários » // Biodiesel

Por Univaldo Vedana

Plantação soja e milho

Após a manutenção por cerca de seis meses de preços altos dos produtos agrícolas no mercado internacional, ficou claro, que foi a produção de biocombustíveis que impulsionou os preços da soja e do milho, e o efeito cascata afetou os preços do trigo, sorgo, outras oleaginosas, óleo de palma e gorduras animais. Em outubro do ano passado os americanos colheram a maior safra de soja de sua história, 88 milhões de toneladas, o que em condições normais faria com que o preço da soja voltasse aos U$ 5 por bushel. Contudo, apesar da superprodução americana, o preço da soja subiu acima dos U$ 7 por bushel e se mantém neste patamar até hoje. A única dúvida que persiste no mercado é se o preço da soja subiu por causa do preço milho ou vice-versa. A certeza que todos têm é que estes dois produtos subiram em função da crescente utilização dessas matérias-primas por indústrias de etanol e de biodiesel. Continue lendo…

O problema da Soyminas

// 25 abril 2007 // 3 Comentários » // Biodiesel

Selo combustível social e soyminasNesta semana o MDA anunciou que vai cancelar o registro de Selo Combustível Social da empresa Soyminas, de Cássia MG. Será a primeira empresa a ter seu registro cancelado pelo MDA.

Esta notícia gerou inúmeras solicitações de nossos visitantes querendo mais informações, pois a empresa tinha isenção fiscal por conta do selo, foi uma das primeiras a entrar no mercado de biodiesel, conseguiu grande visibilidade em sua inauguração com a visita do presidente Lula, e ainda assim corre o risco de perder o selo e já está proibida de vender nos leilões.

Este é um tema delicado, que pode trazer consequências negativas e positivas ao setor, por isso precisa ser analisado mais a fundo e com propriedade. Assim aguardem até a sexta-feira, quando abodaremos esse tema em detalhes na análise semanal.

Continue recebendo os boletins sobre biodiesel

// 24 abril 2007 // 43 Comentários » // Biodiesel

Boletim de novidades sobre biodieselVocês provavelmente já devem receber nossos boletins sobre biodiesel, mas pode ser que algumas de nossas mensagem estejam caindo no sistema anti-spam de seu email e bloqueando nossas mensagens. Por isso solicitamos a todos que cadastrem o email boletim@biodieselonline.com.br nos contatos e na lista de remetentes confiáveis de seu email. Fazendo isso vocês devem receber sem nenhum problema os nossos informativos, análises, promoções e demais emails.

O domínios que você deve adicionar em sua lista de remetentes permitidos:
@biodieselonline.com.br,
@biodieselbr.com.

Para saber detalhes de como fazer para adicionar, veja nas páginas anti-spam da editora abril.

Lembre-se que sempre que você deixar passar algum de nossos boletins, é possível acessá-los pelo histórico em boletins anteriores.

Se ainda não está cadastrado para receber nossos boletins deixe seu email abaixo:

Email:

Nome:

Em defesa do etanol

// 23 abril 2007 // 1 Comentário » // Biodiesel

cana-de-açucar

No texto ‘A transnacionalização do ecobesteirol‘ publicado domingo (15.04) na Folha de São Paulo, Rogério Cezar de Cerqueira Leite, físico e professor emérito da Unicamp, rebate alguns pontos defendidos pelos opositores do etanol:

Monocultura da cana
Com exceção do cultivo de hortaliças, não há em todo mundo cultura de importância econômica e social que não seja monocultura. Contrariamente ao que afirmam ecologistas de plantão, a humanidade pereceria sem ela.

Balanço energético
Segundo ecologistas a energia consumida para produzir uma unidade de álcool seria maior que aquela contida nessa mesma quantidade. Isso quase verdade para o etanol americano fermentado do milho, em que apenas 20% a mais do que aquela energia fóssil despendida são ganhos. No caso da cana brasileira, entretanto, a cada unidade de combustível fóssil despendida com a produção de álcool, 8 e meia unidades de combustível fóssil (gasolina) deixarão de ser queimados.

Degradação do Solo
O plantio da cana degradaria o solo. Ora, as terras mais férteis do globo são aquelas cultivadas há séculos. Os poucos exemplos de degradação de solos por exploração agrícola se devem a abusos devido à ignorância ou à ganância.

Fome
A cultura de cana-de-açúcar expulsaria as culturas de alimentos e, como conseqüência, haveria fome nas classes menos privilegiadas. Ora, historicamente o que causou fome ou miséria quase que nunca foi preço ou escassez de alimentos, mas desemprego e baixos salários. Apenas 3 milhões de hectares são usados para produzir etanol e a área disponível no Brasil hoje é de 300 milhões de hectares (excluindo a área com atividade agrícola, toda área ocupada por floresta ou ambientalmente sensível). Se aumentarmos o plantio de cana, teremos mais emprego e renda e conseqüentemente menos fome.

Continuamos liberando textos

// 04 abril 2007 // 2 Comentários » // Biodiesel

Análise Semanal

Como vocês já devem estar se acostumando, estamos sempre liberando textos para todos os visitantes. Nesta semana foi a vez da análise semanal do último dia 23.

Hoje, 70% de todo o conteúdo do nosso portal é gratuito, isso significa milhares de páginas com acesso liberado. Sem falar nos boletins de notícias, que tem ajudado muitas pessoas a se manterem atualizadas sobre o biodiesel.

Se você ainda não conhece nossas análises, confira a análise liberada, e caso já seja assinante, leia a análise da semana passada, onde falamos sobre a possível compra de uma usina de biodiesel pela Petrobras, apontando os possíveis alvos da empresa, com os fatores que podem pesar na decisão da estatal.

É nosso objetivo disponibilizar aos assinantes sempre mais conteúdo de altíssima qualidade e que vocês tenham as informações necessárias para fazer com que o biodiesel se desenvolva com segurança e velocidade.

Cummins aprova o uso de B20 (ASTM D6751)

// 29 março 2007 // Sem comentários » // Biodiesel

Logo Cummins

Na semana passada a fabricante de motores Cummins Inc. aprovou o uso de 20% de biodiesel (B20) em todos os seus motores fabricados depois de 2002. A garantia vale apenas para o biodiesel no padrão norte-americano ASTM D6751.

Os motivos apresentados pela Cummins para autorizar o B20:

  • A especificação ASTM D6751 agora inclui um importante parâmetro de estabilidade para o biodiesel B100.
  • A quantidade de produtores americanos que atendem as especificações (certificado BQ-9000) está crescendo rapidamente.
  • Foi concluído os testes necessários para garantir ao consumidor segurança no uso de B20.

No Brasil a empresa aprova a mistura de 5% com o diesel (B5), a mesma porcentagem em vigor nos EUA antes dessa revisão feita pela Cummins.

A filial da empresa no Brasil em Guarulhos, com seus 1193 funcionários e faturamento de US$ 527 milhões em 2006, informa que:

A Cummins, após realizar testes e criteriosas análises, está autorizando o uso do B5 (5%) nos seus motores atuais, inclusive os eletrônicos lançados recentemente e está realizando novos estudos para utilizações com concentrações maiores.

Agora ficamos esperando que a empresa se adiante e incentive o setor autorizando concentrações maiores de biodiesel dentro das especificações nacionais. Quem sabe não será a Cummins a primeira no Brasil autorizar o B100?

Os primeiros passos na substituição do diesel

// 27 março 2007 // 4 Comentários » // Biodiesel

Diesel

Quando se diz que o mercado futuro do biodiesel é do tamanho do atual mercado de diesel, ou seja, de 40 bilhões de litros por ano, muitos acham isto um sonho, uma fantasia, algo inatingível.

Temos uma mistura obrigatória de 2% de biodiesel no diesel a partir de 2008 e a partir desta data uma mistura facultativa de 5%. Esta mistura de 5% deverá ser obrigatória a partir de 2010. Estes percentuais obrigatórios são o começo de um programa de substituição do diesel de petróleo para um combustível renovável. São pequenos se levarmos em conta o potencial brasileiro, mas valem, e muito, por tratarem-se dos primeiros passos dados pelo governo para a definição de uma política de substituição do diesel mineral caro e poluidor, por um produto de origem agrícola mais limpo e renovável.

Muitos produtores rurais, cooperativas, empresas de transporte, empresas de ônibus estão queimando etapas na utilização do biodiesel em suas frotas e já estão usando misturas acima das mínimas obrigatórias. A Viação Itaim Paulista de São Paulo está usando B30, combustível composto com 30% de biodiesel, 8% de álcool e 62% de diesel mineral em sua frota de 1.800 ônibus. Produtores rurais, principalmente do Centro-Oeste, montaram pequenos equipamentos de transesterificação e passaram a usar o combustível puro em suas máquinas agrícolas. Agora, a Prefeitura de Curitiba, em parceria com a Volvo, anuncia que a partir de abril de 2008 irá testar biodiesel puro, B100 em cerca de 30 ônibus urbanos de Curitiba.

Estes são alguns exemplos, os primeiros passos, os primeiros degraus, a primeira fatia do bolo que o biodiesel está conquistando, um bolo de 40 bilhões de litros.

Jornal espanhol mostra projeto brasileiro de pinhão manso

// 13 março 2007 // 6 Comentários » // Biodiesel

Jornal espanhol fala sobre pinhão mansoO jornal espanhol La Vanguardia, apresentou ontem reportagem sobre o potencial brasileiro em biocombustíveis e iniciou a artigo falando do projeto de pinhão manso no RN:

O pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma pequena árvore frágil e feia. Seus frutos aparentemente não servem para nada. No verão nem serve para dar sombra: suas folhas caem. Sua madeira quase não queima. No entanto, cerca de 5 mil famílias de pequenos agricultores do interior do estado do Rio Grande do Norte começaram a cultivar pinhão-manso. E subvencionadas por ninguém menos que a gigante do petróleo Petrobras. O pinhão-manso contém 38% de um óleo utilizado na elaboração de uma substância estratégica do governo Lula: biodiesel.”Temos o petróleo que todo mundo sonha ter em seu jardim. Além disso, é um poço inesgotável. Dá até duas colheitas por ano”, afirma Livania Frizon, da agroaldeia de Canudos, uma fazenda de propriedade coletiva situada em Ceará Mirim (Rio Grande do Norte). Como Livania, milhares de pessoas estão plantando pinhão-manso entre pés de banana, mamão e mandioca.

Frágil e feia? Sério?!? Se a reportagem voltasse lá depois que a plantação estivesse desenvolvida, eles provavelmente trocariam frágil e feia por robusta e elegante.:)

Lembrando que as folhas do pinhão manso caem no inverno e não no verão.

O Tamanho do Mercado de Biodiesel

// 07 março 2007 // 2 Comentários » // Biodiesel

Por Univaldo Vedana

Composição do consumo de diesel

O Brasil consome anualmente cerca de 40 bilhões de litros de diesel mineral e importa 10% deste volume de diesel pronto, com gastos de aproximadamente um bilhão de dólares por ano. O governo criou por lei a obrigatoriedade de mistura de 2% de biodiesel no diesel mineral que passará a vigorar em primeiro de janeiro de 2008. Isto abre um mercado obrigatório para o biodiesel de 800 milhões de litros por ano. E a partir de 2013 esta mistura será de 5%. Há interesse do governo em antecipar este percentual de mistura para 2010, desde que a produção de biodiesel possa suprir este mercado obrigatório que será de 2 bilhões de litros por ano.

Teremos então um mercado garantido por lei de 800 milhões de litros nos anos de 2008 e 2009 e de 2 bilhões de litros por ano a partir de 2010.

Considerando o potencial, o consumo anual de diesel, as condições de solo e clima para a produção de matéria-prima para biodiesel e os investimentos em novas usinas que estão se realizando, os números acima são muito pequenos para o consumo nacional. Isto pelo lado da produção. Por outro lado, temos o mercado consumidor em formação. Grandes consumidores de diesel que testaram e aprovaram combinações de biodiesel no diesel de até 30%, estão aguardando apenas que a produção de biodiesel se concretize e que o preço final não seja muito diferente do diesel mineral. Estas empresas não estão buscando somente redução de custos, mas também o marketing, mostrando a seus consumidores e opinião pública, que são empresas ecologicamente corretas, preocupadas com o meio ambiente e com as emissões de gases do efeito estufa.

Além disto, temos produtores rurais que estão produzindo seu próprio biodiesel e estão dando adeus ao diesel de petróleo, pois passaram a utilizar biodiesel puro em suas máquinas.

Com isto podemos dizer que o tamanho do mercado do biodiesel brasileiro é igual ao atual mercado de diesel, 40 bilhões de litros ano. Alcançarmos esta produção é um sonho que somente poderá ser atingido com muito trabalho, dedicação, investimento e aumentando, ano após ano, este percentual de mistura, de 2% para 5%, para 10%, 15%, 20%, 30% e quem sabe em 2020 teremos um B50.

Depois de abastecido o mercado interno, falaremos de exportação.

Univaldo Vedana

Login