Biocombustíveis: crescimento com desmatamento
// 03 fevereiro 2011 // Biodiesel
Segundo a ONU, maior produção de biocombustíveis implicará em aumento do desmatamento. Esta é uma questão delicada, especialmente com o programa do governo brasileiro Palma de Óleo.
Concordo com a afirmação se não houver controle rigoroso e leis de proteção das matas e florestas. Assim como se os países ricos e desenvolvidos continuarem comprando madeira nobre extraída de forma ilegal ou não sustentável das florestas nativas.
Mas discordo se contrário do exposto acima ocorrer e os países ditos ricos diminuírem seus subsídios agrícolas e investirem em projetos de produção de alimentos em países pobres.
No Brasil, já escrevi e disse dezenas de vezes e não vou cansar de repetir que podemos aumentar em mais de 50% nossa produção de grãos sem derrubarmos uma única árvore. É só utilizarmos racionalmente as áreas utilizadas na safra de verão plantando oleaginosas de safrinha ou de inverno.
Podemos servir de exemplo para o mundo.
Agora sobre o avanço do dendê no Brasil é preciso que a fiscalização seja mais intensa. Identificar e multar depois que o avanço sobre as florestas já foi feito é estar um passo atrás. Não adianta daqui cinco anos o governo dizer que o programa do dendê foi bem planejado, mas os empresários abusaram. É o governo que está incentivando o plantio na fronteira do proibido.
Univaldo Vedana
Prezado Univaldo,
Seu artigo expõe uma questão fundamental para a sustentabilidade do PNPB. O plantio da Palma em áreas degradadas já desmatadas é um tanto quanto utópico, torçamos para que a teoria se traduza na prática.
Esta foto se assemelha muito ao fruto da Macaúba(acrocomia aculeata), não seria esta palmácea, uma solução viável e sustentável para se produzir grandes quantidades de óleo por hectare?
A exemplo do município de Concórdia no Pará, milhares de pequenas e médias propriedades foram compradas pela Bio Palma, hoje Bio Vale, famílias que foram inchar as cidades da regiao, para plantar a palma do dendê.
Prezado Univaldo:
V. aceitaria a provocação de que a resposta da ASA-American Soybean Association ao questionamento pioneiro do Diretor da FAO – Food and Agriculture Organization, Jacques Diouf (FAO, Roma, 2008) na questão “food (soy) versus fuels” ou seja > 100.000 contra 1ainda não teve teve vencedor ? ou invocar que 38 % do grão úmido de soja indo para farelo (ou torta) (sempre servindo humanos e animais de corte) prevalece sobre a parcela menor de óleo (18%) que é bifurcada entre alimento > biodiesel ?
Abraço fraterno
Prof. emérito-UFPR José Domingos Fontana
posso usar oleo degomado misturado com oleo diesel no motor do caminhao se sim em qual porcentagem?
Parabéns pelo artigo,adorei!