Carro a álcool (etanol): As desvantagens do motor flex
// 08 junho 2010 // Energia renovável
Participei nos dias 31 de maio e 1º de junho do 10º Challenge Bibendum no Rio de Janeiro. Um evento onde montadoras e fabricantes de equipamentos mostraram as novidades em mobilidade urbana. As últimas pesquisas sobre diversas áreas foram apresentadas. Caminhões e ônibus movidos com energias alternativas, carros elétricos, híbridos, movidos a células de hidrogênio, a gás ou a biocombustíveis lá estavam.
A busca por eficiência energética e sustentabilidade com produtos mais próximos possíveis do “ambientalmente correto” foram a tônica do evento.
A Fiat levou para seu stand o novo uno. Um novo modelo de um carro popular, nada de mais, apenas um novo modelo. Mas levou também um protótipo do novo modelo com motor 100% a etanol que faz, segundo o engenheiro de plantão no stand, 18 quilômetros por litro. Mas é somente um protótipo, não será lançado no mercado enquanto os consumidores não quebrarem a resistência por carros com motores 100% a etanol.
Vejam o consumo de um motor abastecido com etanol:
Consumo com motor exclusivo a etanol: 18 km por litro
Consumo com motor flex (etanol e gasolina): 12 km por litro
O novo uno com motor a etanol faz 50% mais quilometragem com o mesmo combustível. Consequentemente o carro economiza 50% em dinheiro e o mesmo tanto em redução da emissão de gases. É uma diferença muito grande que não pode ser desperdiçada. Uma ampla campanha para reverter essa resistência do consumidor precisa ser elaborada para que as montadoras passem a oferecer esse produto.
Colocar no mercado um carro com motor exclusivo a etanol não depende de novas tecnologias, elas já existem desde a década de 80 e foram melhoradas. Depende de vontade política, de garantia de fornecimento de etanol e do consumidor passar a desejar esse tipo de carro.
Univaldo Vedana
Interessante essas tais novidades. A Aeronáutica (CTA) em São José dos Campos, SP, desenvolveu, na década dos 70, todas as tecnologias para os motores a etanol e as transferiu, gratuitamente, para as empresas automobilísticas, pois a meta do governo era, e deveria continuar a ser, reduzir o consumo de petróleo. Os estudos iniciais foram realizados pelo Professor do ITA Ernest Stumpf em 1954 e tornados realidade industrial em 1974, por solicitação do Presidente Geisel, como forma de atenuar os efeitos da crise energética que atingiu nosso país.
Por incompetência das políticas governamentais e interesse dos vendedores de derivados de petróleo, que vendiam a ilusória mensagem de um produto eterno e a preços reduzidos, Programa Nacional do Álcool foi relegado a segundo plano. Recentemente, surge a revolucionária solução dos esbanjadores motores flex, que apesar de permitirem opções aos usuários, jogam fora cerca de 30%, em média, do precioso etanol. Considero que o objetivo precisaria ser, sempre, a economia de energéticos com efeitos benéficos para o meio ambiente. Meus cumprimentos à FIAT pela iniciativa que restaura a verdade histórica.
este assunto é um tema que realmente precisa ser abordado sempre parabés ,meio ambiente e energiarenovavél .
Com certeza que o nosso aprendizado está muito além do que foi apresentado até agora pela nossa industria automotiva ! Ainda não foi lançado nenhum motor a alcool com injeção direta de combustivel, a carga extratificada, e ainda não houve aumento significativo na taxa de compressão dos motores a etanol, uma grande necessidade que aumentaria o rendimento geral dos motores, igulalando-os aos movidos a gasolina no consumo e superando estes na potencia e torque ! Infelizmente ainda falta incentivo para o lançamento dessas novas tecnologias aqui no Brasil, e o consumidor brasileiro mais uma vez sai perdendo !!!!!!
o motor a gasolina é e sempre será melhor do que o motor a álcool.
precisamos de mais tecnologia nos motores a álcool.
o governo precisa incentivar novos estudos e investimentos nessa tecnologia por parte também da indústria automobilística.