Blog BiodieselBR – por Univaldo Vedana

Quero um carro elétrico

// 11 dezembro 2009 // Biodiesel

Quero trocar de carro. E quero um que seja 100% elétrico. Qualquer carro elétrico com autonomia pouco maior que quarenta quilômetros já me basta.

Normalmente ando 7 a 8 quilômetros e paro por duas ou três horas. As maiores distâncias que faço durante a semana são 40 quilômetros sem paradas. E onde vou posso tranquilamente plugar o carro na tomada e reabastecer a bateria. O problema é que carro elétrico ainda não está a venda no Brasil.

Minha segunda opção é comprar um carro com motor 100% a etanol. Mas pararam de fabricar. A opção mais ambiental será então comprar (de novo) um beberrão flex. Contra meu gosto. O carro flex, em razão de sua taxa de compressão, consome mais combustível que um carro com motor específico para etanol ou gasolina. Um carro flex abastecido com etanol ou gasolina polui mais porque gasta mais combustível por quilômetro rodado do que um carro com motor exclusivo a etanol ou gasolina.

A grande diferença em usar um carro a etanol (mesmo que tenha um consumo maior) é que na queima do combustível, o aumento da emissão de CO2 é zero porque a cana absorveu CO2 da atmosfera para seu crescimento. Diferente do carro a gasolina. O petróleo foi retirado das profundezas onde estava quietinho, transformado em combustível e quando queimado aumenta a quantidade de CO2 no planeta.

Mas, espero que esse próximo carro com motor a explosão seja o último. Minha esperança é que dentro de alguns anos alguma montadora coloque no mercado brasileiro um carro elétrico. Não quero um hibrido. Quero um 100% elétrico.

Alguém poderá perguntar. E quando for viajar? Vai parar a cada 50 quilômetros para recarregar a bateria? Fazer isso hoje seria realmente um problema. Contudo redes de assistência e recargas de baterias rápidas ou trocas das mesmas nas redes de assistência surgirão ao longo das rodovias.

Meu desejo por um carro elétrico não é pela economia, mas se for mais econômico não reclamarei. Meu objetivo é não liberar CO2 na atmosfera. Se o custo final for igual por km rodado, ótimo. Se for um pouco mais caro também não vejo problema. Será uma contribuição para a redução de todo tipo de emissão.

O presidente mundial da Renault/Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, disse em uma entrevista recente que as empresas que ele dirige busca o desenvolvimento de um carro elétrico pelo mesmo custo do similar a gasolina. Se não conseguirem em um primeiro momento, assim que a produção atingir escala isso acontecerá.

Por outro lado, acredito que existem milhões de brasileiros utilizando o carro com a frequência e condições parecidas com as minhas. Seriam, portanto, milhões de consumidores potenciais de um carro elétrico.

Univaldo Vedana