Blog BiodieselBR – por Univaldo Vedana

Incentivo às alternativas

// 09 setembro 2009 // Matéria-prima

Os meses de julho e agosto foram o período de colheita e venda do girassol no Centro-Oeste, principal região produtora do grão no país. O girassol pode ser uma alternativa a soja, mas o maior problema dos produtores com esta oleaginosa está na venda, pois não existem compradores suficientes para o girassol. Por isso os produtores investem em soluções diversas.

Para resolver esse problema da falta de compradores para o girassol, alguns produtores se organizaram e montaram pequenas extrações de óleo com o intuito de agregar valor à produção. Assim podem vender a torta do girassol, que não tem problemas de comercialização, já que é usada para a ração de gado, principalmente o gado leiteiro. E gado é o que não falta na região.

Contudo essas pequenas extrações tiveram outro problema. Não encontram compradores para o óleo. Essa carência sempre existiu para o girassol no Brasil. Exceção para três ou quatro anos no início deste século, quando a Caramuru em Goiás garantia a compra. Nesse período o Estado de Goiás chegou a plantar mais de 80 mil hectares, mais do que é plantado hoje em todo o país. Para este ano, segundo a Conab Goiás, plantou apenas 5,8 mil hectares.

O Brasil que já não plantava muito girassol, em 2009 reduziu em 23,5% sua área e plantou 78 mil hectares.

Os problemas que o girassol enfrenta no Brasil se estendem para todas as outras oleaginosas de inverno, mas a boa notícia é começam a surgir algumas iniciativas. Uma delas é da BSBios de Passo Fundo que vem conseguindo sucesso no plantio de canola, dobrando a cada ano a adesão de produtores ao cultivo.

Outro projeto interessante, que estive visitando encontra-se na região de Guarapuava, no Paraná e está sendo promovido pela Bunge. Veja as fotos deste post.

Univaldo Vedana