Blog BiodieselBR – por Univaldo Vedana

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O atraso da Embrapa com o pinhão-manso

// 16 novembro 2009 // Matéria-prima

Plantação de pinhão-manso

Qualquer pesquisador que se preze, ao divulgar os resultados de sua pesquisa, o faz baseado nos resultados de experiência seja através de análises, procedimentos e métodos aceitos pela comunidade científica.

Mas aparentemente não foi o que aconteceu com dois pesquisadores da Embrapa no I Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão Manso realizado em Brasília na semana passada.

Um deles disse em sua palestra que são necessários nove mil quilos de pinhão-manso por hectare para pagar apenas o custo de colheita. O outro pesquisador afirmou que são necessários 100 dias de trabalho de uma pessoa para efetuar a colheita de apenas um hectare.

O primeiro pesquisador jogou esse número na sua apresentação sem citar nada, nem sequer uma referência, nem um trabalho onde pudesse ser comprovado tal número. O segundo, colocou no papel uma projeção, sem base prática alguma. Apenas desenvolveu uma conta sem contato com a prática.

Pesquisador lidando com matéria-prima não desenvolve pesquisa e apresenta resultado intimamente ligado ao campo apenas sentado na frente de um computador, de uma máquina de escrever ou de um bloco de anotações. Pesquisa com custo de colheita de pinhão-manso não se faz numa tabela de excel. É feita no campo e depois seus resultados são passados para a tabela.

Essas apresentações sem fundamentos acabaram virando motivos de piadas entre os participantes durante os intervalos, colocando em dúvida até a competência da Embrapa em pesquisas com o pinhão-manso.

E para selar com êxito a infelicidade da Embrapa, Luciano Piovesan, da Fusermann de Barbacena, apresentou uma tabela feita por dois produtores de pinhão-manso integrados a sua usina, onde eles apontam que para colher um hectare de pinhão-manso são necessários apenas oito dias de serviço, contra 100 dias apresentado pelo pesquisador da Embrapa.

E você, acredita no pesquisador da Embrapa ou nos dois agricultores que plantaram pinhão-manso?

Foi-se o tempo que pesquisador da Embrapa era altamente valorizado, pelo menos com relação ao pinhão-manso.

Univaldo Vedana

8 Comentários em “O atraso da Embrapa com o pinhão-manso”

1. FRANCISCO EDVAN PEREIRA disse:

   16 de novembro de 2009 às 17:47

   o pinhão manso é só mais uma cultura oleaginosa inserida em nosso meio, precisa passar pelo um processo de melhoramento genético para melhorar sua produtividade, o governo está certo em desenvolver a pesquisa e o Brasil só tem a ganhar.

2. JOÃO DE SOUZA LIMA disse:

   18 de novembro de 2009 às 8:17

   Nossas plantações aqui em Novo Repartimento – PA, ate junho do ano de 2010 chegará a 50.000 hectares, distribuido entre mais de 8 mil pequenos agricultores. Estamos com 20 mil hectares começando a produzire e optamos pelo sistema de consorciamento de forma a valorizar na agricultura familiar a produção de alimentos e oleaginosa perene para o programa biodiesel. Somente com o Pinhão Manso foi possível fazer isso pois o mesmo não necessita de pouco trabalho no decorrer do ano permitindo sobra de mão-de-obra para as demais atividades do pequeno agricultor. Os produtores de minas estão corretos em relação aos 8 dias, pois aqui em Novo Repartimento nossos agricultores familiares gastam somente 40 dias por ano para colher 5,0 hectares. Nosso parâmetro foi sobe 5,0 hectares e 10,0 hectares, pois com isso teriamos uma renda considerável com a oleaginosa sem prejuizo de produzir alimentos para segurança alimentar.

3. almir Monteiro disse:

   18 de novembro de 2009 às 11:55

   Estão querendo colocar o carro na frente dos bois, para que tanta pressa com o pinhão, necessita ainda muito estudo e pesquisa para comprovação cientifica, e ainda qual sua viabilidade economica para produção de biodiesel. Não basta somente falar “Planta Promissora” e dai? Enquanto não se fizer o mehoramento genético minuncioso da oleaginosa, tudo não passa de especulação comercial.

4. JOÃO DE SOUZA LIMA disse:

   19 de novembro de 2009 às 6:02

   Estou de acordo com o Almir sobre a questão da pressa, todavia, cada caso é um caso. A nossa situação é diferente a partir do momento que o Pinhão Manso significa uma renda complementar. Produzindo muito ou pouco o fato é que esta planta, em nossa região é a que melhor ajustou às nossas rotinas de produzir alimentos. Portanto não faz sentido ficar esperando tais estudos e comprovações que ficam somente na conversa e se sair talvez nós pequenos agricultores não teremos acesso. Nosso negócio é produzir alimentos, o Pinhão Manso é nossa complementação de renda. OBS.: Gostei muinto da notícia de desintoxicação da torta do Pinhão. É um ótimo sinal de avanço das pesquisas.

5. Arilena Marin da Silva disse:

   27 de novembro de 2009 às 9:04

   Acho que estão demorando muito nas pesquisas com pinhão manso, pois não é só o Brasil que necessita de Biodiesel, os outros países de fora também e como no Brasil tudo que se planta dá.Precisa existir uma organização, definirem as regiões a serem plantadas e um incentivo do governo para os pequenos agricultores começarem a plantar consorciado com outras lavouras de alimentos assim como o João acima diz.’É uma ótima alternativa. Gostaria de perguntar ao meu amigo João de Souza Lima, quantas pessoas precisam para fazer essa colheita em 5 hectares de pinhão?

6. Joelton disse:

   12 de novembro de 2015 às 9:24

   Gracias pepe por “favorecerme”. Quibil y Jorge gracias por vuerstos comentarios. Asi es. En UK no se lo esperaban y en Espaf1a es casi un deporte. Pero es algo a lo que jamas podemos acostumbrarnos. Jorge. En este baluarte, como bien sabes las opiniones que vienen de las naciones hermanas de la America Hispana son puestas en gran consideracion. Alli, por desgracia sabeis bien tambien de corrupcion de los politicos. Alli o aqui en espana no nos sorprende pero a los britanicos si. Les ha dejado derrotados.Gracias a todosAbu

7. http://www./ disse:

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