Blog BiodieselBR – por Univaldo Vedana

A volta do incentivo ao plantio de mamona

// 10 junho 2009 // Matéria-prima

O governo e os ministérios envolvidos no PNPB não conseguiram durante os primeiros quatro anos do programa, incrementar o plantio e a produção de mamona no Brasil. De vedete nos primeiros anos, passou a patinho feio (e motivo de chacota) dentre todas as potenciais oleaginosas para biodiesel.

Nesses quatro anos, as frustrações do governo em relação à mamona não foram suficientes para desencorajar a Petrobras Biocombustiveis a investir na cultura.

Com caixa e menos burocracia para distribuir sementes e dinheiro aos pequenos agricultores, a Petrobras acredita que colocará o óleo de mamona nos reatores de suas usinas.

Para uma mistura de 30% de óleo de mamona nas três unidades – desconsiderando as ampliações previstas -, a estatal precisaria de 50 mil toneladas de óleo de mamona por ano. Ou seja, 100% de toda a produção brasileira prevista pela CONAB para o ano de 2009.

Se considerarmos que a produção atual de mamona é utilizada pela ricinoquímica, o trabalho que a Petrobras deverá fazer é dobrar a produção brasileira de mamona só para atender suas necessidades.

Das empresas que investiram com grande afinco no incentivo a mamona, me lembro apenas da Brasil Ecodiesel, e não é preciso pesquisar muito para saber que a antes maior empresa do setor de biodiesel deixou de lado o incentivo a esta oleaginosa.

A mistura de política energética com política social pelo governo federal não deu resultado durante esses quatro anos do PNPB. A mamona foi responsável por uma pequena parte desse fracasso, a conta maior deve ser creditada as falhas no Selo Combustível Social.

A conferir.