Cana-de-açúcar para biodiesel
// 13 maio 2008 // Biodiesel
O recente anúncio de parceria da empresa americana Amyris com a brasileira Cristalsev na produção de óleo de cana-de-açúcar através de microorganismos é uma boa notícia, mas também tem o outro lado que deve ser analisado. Essa notícia, se concretizada, trará mais um produto para o setor sucroalcooleiro e poderá mudar os rumos da inclusão social.
O Programa Nacional de Produção de Biodiesel (PNPB) foi criado com a intenção de fortalecer a agricultura familiar. O governo pretendia que a pequena propriedade rural respondesse por grande parte da produção de oleaginosas para o biodiesel, melhorando com isso a situação de renda do pequeno agricultor. Esse objetivo não foi alcançado e pode ficar ainda mais distante se o biodiesel de cana se concretizar.
A produção da cana-de-açúcar se concentrou nos grandes produtores ou nas próprias usinas, os pequenos produtores foram engolidos pelos grandes ou saíram por falta de lucro ou ineficiência. A produção de biodiesel de cana será feita somente em grandes áreas, no caminho oposto dos interesses do PNPB.
Para que o biodiesel de cana se concretize é necessário que ele seja economicamente vantajoso para a usina. A cana poderá ser utilizada para fazer três produtos (açúcar, álcool ou biodiesel), e a escolha entre um ou outro será econômica, o que for mais rentável será produzido. Dessa forma só haverá biodiesel de cana se ele for mais lucrativo do que produzir álcool ou açúcar.
Assunto: Cana-de-aç~ucar para biodiesel”.
Como se diz na forma popular “Ou se chupa cana, ou se assobia.”
O governo federal brasileiro implantou o PNPN – Programa Nacional de Produção de Biodiesel, visando e como de conhecimento geral o fortalecimento da agricultura familiar, o que é muito lógico e salutar nas questões de fixação do homem no campo e geração de emprego e renda. Porém, acabou por deixar quase que totalmente esta responsabilidade de inserção deste tipo de direcionamento produtivo na responsabilidade do empresariado, o que acaba por onerar em demasia a atividade produtiva de suprimento de óleos para produzir biodiesel. Vide MDA / Pronaf
/ Agricultura Familiar.
Se viabilizado economicamente a técnica de produção de óleos através de ação bacteriana dos componentes da cana-de-açúcar, pode-se ter certeza de que inevitavelmente, o empresáriado irá optar por esta nova tecnologia, principalmente e de forma racional os usineiros, e a questão da agricultura familiar brasileira irá ficar então mais longe dos objetivos iniciais do PNPN. Quem irá pagar a conta, é novamente o pobre.
Como sempre expomos no site do BiodieselBR e também em outras públicações, quem direcionada e manda no mercado é a livre concorrência. Políticas governamentais até mesmo pode mandar no câmbio e nos recursos institucionais de financiamentos, porém a atividade de risco é do empresariado, e se as rotinas de produção não indicarem lucratividade e condições de continuidade de produção, este empresário irá abandonar ou até mesmo não optar por investimentos no setor objetivado.
Quem ainda não acredita nisto, terá que ver, para crer.
Londrina, 13 de Maio de 2008 – 12:58 horas.
Richard Fontana
Diretor de Tecnologia
AustenBio Tecnologia em Biodiesel
fontana@austenbio.com.br
Fone / Fax (43) 3337 7004.
As expectativas são grandes.
Cabe um comentário sobre a pesquisa. O Professor Jay Keasling [Professor de Biochemical Engineering no Departmento de Engenharia Química e Bioengenharia na Universidade da California, Berkeley] trabalhava e trabalha com Escherichia coli para produzir medicamento sintético no tratamento de malária. Nessa sua pesquisa tem recebido apoio financeiro da Bill Gates Foundation de mais de 40 de milhões de dollares. Numa de suas experiências, encontrou como resultado a produção de um combustível assemelhado a petróleo, que é portanto um biocombustível substituto do óleo diesel. Como resultado, a BP colocou à disposição do Professor Keasling um montante de 500 milhões de dollares para as pesquisas nessa nova área da energia de biomassa. Na busca para o tratamento da malária, o Professor encontrou uma saida para os problemas energéticos mundiais.
Os grupos formados para explorar a patente pendente são compostos por americanos, ingleses e brasileiros que pretendem produzir até 2010 o biodiesel desde a cana-deaçúcar aqui no Brasil.
Ainda não se tem informações liberadas quanto aos custos de produção nem as eficiências de transformação dos açúcares em biodiesel.
Esperamos que dê certo e que possamos ter mais uma alternativa para a maravilhosa gramínea que é a cana-de-açúcar, principalmente para as condiçõews edafo-climáticas brasileiras e em especial para a região dos Cerrados.
Grande achados na pesquisa surgiram de onde não se esperava. Este pode ser mais um deles.
Haverá geração de novos empregos com certeza, tanto no campo quanto nas indústrias. Assim esperamos.
A questão que merece ser considerada por todos os cidadãos brasileiros refere-se a utilização do recurso biotecnológico – microorganismos geneticamente modificados que já não é mais citada na presente matéria.
Os Microorganismo são impossíveis de ser controlados e certamente escaparão para o Meio Ambiente e quais serão as suas consequências ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?
NINGUÉM pode afirmar que não haverá consequência DESASTROSA ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !
MISSAO TANIZAKI
Fiscal Federal Agropecuário
Bacharel em Química
missao.tanizaki@agricultura.gov.br (NEW)
Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, Sala 346-B, Brasíla/DF
TUDO POR UM BRASIL / MUNDO MELHOR
Nos comentários a respeito das consequencias que trarão a agricultura familiar, e muito facil de se resolver, casa haja interesse do governo Lula, que se mostra muito interessado pelo agricultor familiar, é só abrir espaço ao pequeno produtor que se agrupar em pequenas cooperativas ou grupos de produtores, para produzirem em pequena escala, regionalizando em todo o país, dando crédito e condiçoes de venda aos pequenos produtores, como já tem estudos de viabilidade economica e social, tenho certeza que estes, darão conta do recado, e tenho certeza que muito bem. Esperimente para ver.
Alguém de tão sábias palavras poderia me citar um exemplo prático e simples, uma localização, foto, vídeo, qualquer coisa que faça a um possível beneficiado de um lindo programa academicamente chamado de “programa de agricultura familiar” a simplesmente entender o que é isso.
Fica de um lado, meia dúzia de cabeças estudadas, pós-graduadas, viajadas, letradas que não se prestam a nada mais que debater( existe o termo “balelar?”)e do outro, (em outro planeta, praticamente), um grupo considerável (pelo menos em número) de pessoas que poderiam alavancar a economia desse país já que se não for pelo agronegócio, morreremos por esperar, e nada acontece, os planos burocráticos e confusos mais parecem marketing puro e explícito do governo. Quero conhecer alguém, ouvir falar, noticiar, ao menos, que tenha chegado pelo menos perto dessa tal de agricultura familiar ou qualquer outro programa do governo que não seja a esmola-família (sim, por que essa todo mundo recebe). Como diria lá na minha terra, esses planos são como rabo de cobra: ninguém vê.
À propósito, ainda existe EMBRAPA, EMATER, IMA, chupa cabra,?…- Não ouço mais falar.
PS: Sou da região da bacia do rio Suaçui. Se é Brasil? -Sabe que não sei.
Com relação a esses programas criados pelo governo federal, eu só tenho a dizer uma coisa, tudo que for feito para o bem estar da população não será para melhor, até por que quanto mais pobres no País, mais fácil são de ser manipulados pelos governantes… infelismente esta é a verdade do nosso País!…… Acorda povo brasileiro lute pelos seus direitos, invés de ficar reclamando da situação!……
O que se vê atá agora, é que as grande usinas oficializadas não cumprem o selo social, objetivo maior do PNPB. O biodiesel produzido tem sua maior parte derivada da soja empresarial. Assim, a agricultura familiar, praticada pelo pequeno produtor rural fica prejudicada, que sem subsídio governamental ou empresarial, permanece desassistida e excluida dos benefícios sócio-econômicos do Programa implantado.
essa agora acaba com os coitados que dependem da agricultura familiar.
é o que eu acho mais impressionante é que toda porcaria que vai fazer nesse brasil já tem dedo do americano querendo se favoreçer
vai me desculpar mas com um brasil tão grande e tão rico em produção
ainda pareçe estar no tempo dos indigenas
aquele do ano 1500 que os portugueses chegarma e se aproveitam de tudo
outra coisa aqui no brasil pode fazer petroleo até de agua
que para nós comsumidor o preço será mais alto do que o tradicional
então minha opinião
se tudo aqui dentro tem mãos dos americanos
passa logo essa porcaria dessa moeda para dollar
e vamos falar em ingles