Só reduzir o desmatamento não basta
// 14 junho 2007 // Biodiesel
Por Univaldo Vedana
No estudo divulgado no site da revista Science, elaborado por pesquisadores brasileiros e americanos estima que se o desmatamento global cair pela metade deixará de ser lançados na atmosfera 50 bilhões de toneladas de carbono até o ano de 2.100.
Este estudo acrescenta números à conclusão do IPCC, o painel do clima da ONU, dizendo que a conservação de florestas tem um papel fundamental na estabilidade do clima no planeta. Salvar nossas florestas e matas resolve 12% dos problemas com o clima.
Não derrubar árvores, ajuda na conservação do planeta. Mas o que deve ser levado em conta é a recuperação dos estragos nas matas e no planeta que o homem já fez. Parar de derrubar ou diminuir o desmatamento é uma coisa, começar a reverter o quadro catastrófico que se aproxima é outra. Criar programas de longo prazo de replantio e reflorestamento é uma necessidade urgente.
Uma das esperanças para o reflorestamento ao menos aqui no Brasil será com o pinhão manso que certamente ajudará a resolver dois problemas, o do reflorestamento e a produção de um combustível limpo. O plantio de pinhão manso por enquanto está acontecendo somente com a boa vontade da iniciativa privada que está plantando sem nem um apoio oficial, embora em outros países o plantio já alcança centenas de milhares de hectares.
O Brasil é um exemplo na produção de biocombustíveis, porque não ser também na recuperação de matas. O café e a cana nos últimos dois séculos acabaram com florestas e matas principalmente no sudeste e nordeste. Nestas regiões temos hoje imensas áreas degradas que precisam ser recuperadas. Cabe aos governos a criação de incentivos, mas para isso é necessário pressão da sociedade organizada.
Só reduzir o desmatamento não basta e, “Só reduzir o desmatamento ILEGAL” basta muito menos ainda.
É lógico que os proprietários de terras em qualquer região continuarão reivindicando seu direito de desmatar o que a Lei lhes permite ou autoriza.
Acho que há um equívoco nesta história toda. Eructação e Flatulência dos bovinos são acusados de poluirem mais do que todos os nossos veículos automotores. Alega-se que o Metano resultante é 23 vezes mais poluente do que o CO2. Pode ser.
O que estes técnicos ou “cientistas” se esquecem de dizer para a opinião pública é que o capim ou o vegetal “consumido” pelo bovino, em 30 dias está todo ele regenerado. Para crescer a planta retira o Carbono de onde ? Da atmosfera, portanto isto não pode ser considerado tão pernicioso como se acusa.
Da mesma forma as árvores tem como destino “nascer > crescer > florescer > frutificar > amadurecer e morrer” – Portanto depois de adultas o balanço da sua absorção de carbono é nulo. Árvores maduras devem ter permissão para colheita. Obrigatoriedade de reflorestar urge instituir.
Atribuir 75 % da emissão brasileira de gases para o efeito estufa somente para a região da Amazônia Legal deve ter um equívoco muito grande!
Poluente mesmo é você extrair um líquido preto que estava adormecido bem abaixo da crosta terrestre, trazê-lo para a superfície, tocar fogo e mandar pelos ares… literalmente acima da camada das nuvens, impedindo até que a fumaça seja “derrubada” pelas chuvas… Isto sim é que é poluição verdadeira…
Abs, telmo heinen @yahoo.com.br