Bento XVI: Renovável Papa
// 02 janeiro 2007 // Biodiesel
Em mensagem divulgada algumas semanas atrás, o Papa Benedito XVI manifestou sua preocupação com o meio ambiente e a crise energética. Seu temor é que a destruição e o uso impróprio do meio ambiente, e ainda que a violenta apropriação dos recursos naturais causem ainda mais conflitos em nome do desenvolvimento.
O Papa alerta para a crescente demanda de energia dos países industrializados, elevando os preços e deixando algumas regiões do mundo sem condições de se desenvolverem. E pergunta:
O que vai acontecer com essas populações? Que tipo de desenvolvimento ou não-desenvolvimento será imposto a eles, devido a falta de energia? Quais injustiças e antagonismos vão surgir dessa corrida energética? Como vão reagir aqueles que foram excluídos dessa corrida?
Essas perguntas trazem a tona um interessante ponto para discussão, pois com os preços do barril de petróleo crescendo, muitos países podem parar no tempo por não terem condições de pagar pela energia. Esse cenário pode ser evitado e respondidas as perguntas do Papa com o desenvolvimento de alternativas energéticas. Existem muitas se desenvolvendo e o biodiesel é uma das mais promissoras.
Mas esses países menos favorecidos precisarão de ajuda e a cooperação brasileira será fundamental, pois temos condições de assumir a liderança nesse novo cenário mundial.
Atualização: Tivemos diversas cooperações em 2006, com o Brasil ajudando países como o Haiti (2), Honduras, Paraguai e outros acordos (2) transferindo parte de nossa tecnologia para produção de biodiesel, matérias-primas e enviando sementes para ajudar no desenvolvimento dos programas locais.
Agradecemos aos leitores Antonio Carlos e Carlos Eduardo pelo envio das informações adicionais.
O programa de biodiesel, tanto no Brasil quanto em diversos países em desenvolvimento, é tratado como um programa de produção de energia limpa, mas também com um forte viés social, através do qual se poderia diminuir o problema da desigualdade de renda, desemprego etc.
No entanto, o que estamos verificando é que se a produção de biodiesel só vai gerar esses benefícios sociais se os governos agirem ativamente para que isso ocorra. Se deixar que tudo caminhe por conta própria a tendência é que as empresas busquem somente a eficiência econômica, independente de benfícios sociais ou ambientais.
Para que os benefícios cheguem aos mais pobres, é preciso que os governos se engajem efetivamente (inclusive com maiores investimentos) na assistência técnica aos agricultores, fornecimento de crédito, garantia de preços mínimos e mehoria da infra-estrutura. Estas ações só podem ser feitas pelo poder público, não dá para exigir da iniciativa privada.
O petróleo com preço alto pode ser visto tanto como um entrave ao desenvolvimento dos países, como uma oportunidade de produção desse novo produto. Como a produção exige grande estruturação desses países pobres, é possível que a preocupação do Papa Bento XVI seja procedente, pois o efeito negativo do petróleo caro possivelmente será maior que a geração de renda propicida pela produção de biocombustíveis.
ÔÔÔÔ, Bento; tome a iniciativa de selecionar dentre as terras que o vaticano tem espalhadas pelo mundo escolhendo aquelas nos paises em desenvolvimento assentando os sem terra e sem teto, ajude-os com assistencia tecnica, garanta os preços minimos na hora da compra, que as suas perguntas nao ficaram sem resposta. Em tempo ôôôô, Bento; as respostas para suas perguntas não tenho mas tenho a certeza de que todos os Papas, bispos e os envolvidos diretamente nesta hierarquia continuarão a ter energia, moradia, alimento e tudo que precisa um ser humano para sobrevivencia e mordomia, até que o combustível fóssil acabe. Bença.