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O Interesse no Pinhão Manso

// 21 novembro 2006 // Biodiesel

Por Univaldo Vedana

A cada dia que passa aumenta o interesse pelo plantio desta planta em todo o Brasil.

Estamos a quase quatro anos divulgando o potencial do pinhão manso como cultura energética. Esbarramos em pessoas e empresas que se beneficiam do atual sistema econômico de produção de energia e que não tem interesse em mudar os paradigmas e trazer novos produtos agrícolas, novas indústrias e novos métodos de conservação do solo, além de novas tecnologias. Estas pessoas e empresas não o fazem, simplesmente por se sentirem ameaçadas por uma possível perda de parte do mercado que hoje possuem.

O plantio de pinhão manso é uma quebra de paradigma. Quando falo em quebra de paradigma, digo isto porque temos que enfrentar um plantio sem pesquisas definitivas, porque plantamos a contra gosto de setores que querem decidir o que deve e o que não deve ser plantado. Alguns dizem até que não pode ser plantado porque sofre ataques de cigarrinha ou de percevejos, insetos que qualquer veneninho barato acaba com eles.

Sem contar que o pinhão manso é uma planta que pode e deverá ser plantada sem acabar com a biodiversidade dos ecossistemas regionais, permitindo seu plantio entre plantas nativas da região. Ou seja, uma planta ecologicamente correta.

Mesmo que no nordeste o pinhão manso produza somente 1.000 quilos por hectare, será muito melhor que a mamona, com esta média atual de produção de menos de 700 quilos por hectare, pois a nossa jatropha não precisa de plantio a cada ano ou dois.

Mas o Ministério da Agricultura não reconhece a planta e o Ministério do Desenvolvimento Agrário não fornece o selo de combustível social para usinas que queiram plantar pinhão manso.

Apesar disto estamos vendo a iniciativa privada iniciando plantios, a exemplo da Barraalcool no Mato Grosso, em consórcio com mais de uma dezena de prefeituras, iniciando um projeto de plantio de grande porte. Na Bahia a IBR também quer garantir sua matéria-prima para biodiesel com o pinhão manso. A própria Brasil Ecodiesel que iniciou com a mamona está formando mudas de pinhão manso para plantios em larga escala. Isto para citar apenas algumas das centenas de plantios que temos pelo Brasil afora.

8 Comentários em “O Interesse no Pinhão Manso”

1. Leonardo disse:

   24 de janeiro de 2007 às 20:16

   Para cada tonelada de Mamona e Pinhão Manso, qual a produção de Óleo? E depois de processado, quantos litros de biodiesel pode-se esperar?
   Ps: Se possível me respondam também por e-mail. Obrigado!

2. Mário disse:

   12 de março de 2007 às 10:46

   È contraditória sua afirmativa de que “qualquer veneninho” controla cigarrinhas e percevejos e de que o pinhão manso será cultivado de forma ecologicamente correta. Quanta falta nos faz a pesquisa agrícola nesta cultura potencialmente promissora!

3. Univaldo Vedana disse:

   13 de março de 2007 às 18:07

   Mário, quando escrevi que qualquer veneninho mata os insetos, me referi a venenos de preços baixos, entre 10 e 20 reais o quilo, específicos para os insetos que estão atacando algumas lavouras.

   Por ser uma planta não invasora, não precisa eliminar as plantas nativas da área, pode ser consorciada com um sem número de outras culturas e outras plantas, é perene e produz em terras marginais, tudo isso torna esta uma planta ecológica. Mas, infelizmente vai precisar de algum veneno para controle. E os venenos citados acima possuem baixo impacto ambiental.

   Desde o lançamento do nosso site http://www.pinhaomanso.com.br estamos financiando pesquisas e incentivando demais pesquisadores e firmamos diversas parcerias com instituições. Esperamos apresentar diversos resultados ao longo dos próximos meses, por isso fique ligado em nossos boletins.

4. Raimundo Guedes de Almeida disse:

   17 de julho de 2007 às 16:42

   Presado (s) Senhores:

   Parabéns por oferecer está informações sobre pinhão manso,
   gostaria de receber outras informações como e onde adqui –
   rir sementes, sobre variedades e cultivo.
   Pretendo fazer pesquisas sobre pinhão manso, sou academico
   da Universidade do Estado da Bahia -Uneb, não tenho como /
   seguir paquer parâmetro de pesquisa por esta Instituição.
   atenciosamente,

   Raimundo Guedes de Almeida.

5. Nadja Valéria Medrado de Almeida disse:

   12 de novembro de 2007 às 16:41

   Sou estudante de uma instituição agrícola.
   Estou fazendo um Projeto sobre a cultura do Pinhão- Manso, apesar das poucas informaçãoes, acredito no potêncial dessa oleaginosa.
   Gostaria de saber informações sobre o custo de produção dessa cultura, desde a implantação até a colheita.

6. antonio luiz muniz disse:

   2 de março de 2008 às 14:33

   tenho algum conhecimento do pinhao manso e gostaria de trocar informaçoes com qualquer pessoa interessado-a aqui em juazeiro-ba estou em fase de estudos mais aprofundados ja descobri aqui ate um pe de bom tamanho com otima qualidade de semente e que esta em franca produçao dele ja colho bastante semente das quais ja planto e espero ter bastante resultados breve tambem em baixo dele tirei algumas mudas pois estavam faceis devido brotarem na sua propria camadas de folhagens acho que foi a chuva.

7. Luiz Alves disse:

   1 de junho de 2008 às 22:00

   Gostaria de obter informacoes sobre o pinhao manso, quanto a produçao se o mercado no estado da bahia ja tem compradores em potencial para o beneficiamento do produto e nao atravessadores
   Quem produzir pode vender em sementes ou tem que extrair o oleo
   Esiste algum incentivo por parte dos orgaos publicos para os plantadores
   E como eu posso adquerir um projeto de plantaçao da planta
   É que eu tenho 39 hectares de terra no municipio de Ribeira de Pombal nordeste da Bahia e descobrie que em uma area de mata existente na terra tem inumeros pés da planta ja carregadas de frutos e pelo que me dizem sao nativas, ao ouvir a reportagem da produçao de biodisio me despertou o interece pelo assunto

8. Neilton de Freitas Melo disse:

   21 de janeiro de 2009 às 16:42

   Estou interessado em plantar o PINHÃO MANSO, queria saber melhores informações tais como:
   – Cooperativas
   – Financiamentos
   – Pojetos
   -Tratos Culturais
   – Viabilidade econômica
   – Mercado
   – Etc.

   Favor passar o e-mail ou telefone de alguma empresa interessada em firmar uma parceria, sendo ela no sistema de Cooperativa ou não, pois estou muito preocupado é com o destino final da produção, para o sucesso do empreendimento.(produzir não é difícil)

   Tenho uma pequena propriedade no município de Ituiutaba (Triângulo Mineiro).
   Pretendo começar a plantar 2 ou 3 ha e chegar até 30 ha em alguns anos.

   Neilton de Freitas Melo
   neiltofmelo@yahoo.com.br