O Produtor Rural Brasileiro
// 01 maio 2007 // Biodiesel
Por Univaldo Vedana
Após a manutenção por cerca de seis meses de preços altos dos produtos agrícolas no mercado internacional, ficou claro, que foi a produção de biocombustíveis que impulsionou os preços da soja e do milho, e o efeito cascata afetou os preços do trigo, sorgo, outras oleaginosas, óleo de palma e gorduras animais. Em outubro do ano passado os americanos colheram a maior safra de soja de sua história, 88 milhões de toneladas, o que em condições normais faria com que o preço da soja voltasse aos U$ 5 por bushel. Contudo, apesar da superprodução americana, o preço da soja subiu acima dos U$ 7 por bushel e se mantém neste patamar até hoje. A única dúvida que persiste no mercado é se o preço da soja subiu por causa do preço milho ou vice-versa. A certeza que todos têm é que estes dois produtos subiram em função da crescente utilização dessas matérias-primas por indústrias de etanol e de biodiesel.
Graças aos biocombustíveis os produtores de soja e milho brasileiros podem comemorar um preço melhor, mesmo com a cotação do dólar nos atuais níveis. E com preços melhores os produtores responderam com recordes de produção neste ano. A produção de milho alcançará 51 milhões de toneladas e a de soja chegará a 60 milhões de toneladas, nunca o Brasil produziu tanto. Isto é uma amostra do que a agricultura brasileira é capaz. Quando o produtor vislumbra lucro em determinada cultura, ele planta. Não é difícil para ele, pois têm a terra, as máquinas e domina alta tecnologia de produção como poucos neste planeta. Se houver um pouco de incentivo e uma política agrícola séria poderia produzir muito mais. Nesta época do ano ainda temos milhões de hectares sem nada plantado, ou apenas com alguma cobertura de inverno sem importância econômica, somente para proteção do solo e cobertura verde.
Isto prova que aqui no Brasil, se o produtor rural tiver um lucro digno na sua atividade poderá produzir a matéria-prima necessária para a crescente demanda por biodiesel, abastecer com folga o mercado alimentício e ainda exportar a produção excedente, vontade de produzir, garra e competência ele já mostrou que tem.
Para completar e ajudar na alimentação mundial, o Brasil exportará neste ano cerca de 30 milhões de toneladas de soja em grão e 10 milhões de toneladas de milho, dois recordes, mesmo com o aumento da área de cana e da produção de biodiesel, que deverá crescer 30 vezes em relação ao ano passado.
Boa tarde,qu queria pedir uma opiniao para um seminario que irei apresentar!
Agradeço a compreenção!
Este nosso querido Brasil tem tudo pra dar certo.O que está faltando é um lider honesto para liderar esta grande nação.
É unânime o reconhecimento da capacidade do agricultor brasileiro “da porteira para dentro”
Da porteira para fora temos a logística (obra institucional), cuja melhoria só se obtém com pressão exercida organizadamente.
Aí reside o problema do produtor brasileiro. O Ex-Ministro Alysson Paulinelli não se cansa de dizer “Quem se organiza, ajuda a fazer. Quem não se organiza, recebe feito. Mal feito…” e o outro aspecto é a má comercialização. É verdade que um Seguro Rural contra todos os eventos seria bem aceito, mas o que está a disposição e tem pouco uso é o Mercado Futuro, a proteção de preço, o chamado “hedge”
É moda também falar que não há nenhuma Política Agrícola no país e durante a semana se vê a pouca adesão às subvenções (PEP, LEC, PEPRO, PROP) patrocinadas pelo MAPA via CONAB.
Gente, isto é filosófico: A solução de qualquer problema está sempre DENTRO do problema… portanto vamos pensar um pouco!?
Att. telmo heinen @yahoo.com.br
Parabéns pela matéria, estou vendo meio atrasado, mas achei muito interessante e inteligente os argumentos apresentados.
Abraços!
Parabéns pelo artigo,adorei!