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ProÁlcool - Produção para o Mundo


BiodieselBR - 29 jan 2006 - 23:00 - Última atualização em: 04 mar 2012 - 21:00

Os custos de produção mais baixos e os recursos naturais abundantes tornam o Brasil o maior candidato ao papel de supridor mundial de etanol. A entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, em fevereiro último, está obrigando os países a começarem a colocar em prática medidas concretas para reduzir o consumo dos combustíveis fósseis, e assim cumprir as metas de redução de emissão de dióxido de carbono previstas no acordo mundial. A mistura do etanol à gasolina, medida colocada em prática desde 1975 no Brasil, é uma das soluções mais estudadas para reduzir as emissões. Diante do potencial dessa mudança mundial, tanto o governo como as empresas produtores de álcool dedicam-se a uma ofensiva diplomática e comercial para abrir mercados para o combustível alternativo brasileiro. Nas missões deste ano para países da Ásia, o combustível renovável foi um dos assuntos centrais. O mercado japonês é o mais promissor: o governo já autorizou a mistura de até 3% de etanol na gasolina, de forma não obrigatória. Se houver uma decisão tornando a mistura obrigatória, ela vai criar um mercado de 1,5 bilhão de litros por ano que o país certamente teria que importar.

Muitos outros países já têm projetos aprovados de mistura de etanol à gasolina. Na União Européia, a Diretiva dos Biocombustíveis estabelece metas não mandatórias de uma participação de 2% em 2005 e de 5,75% em 2010 de biocombustíveis. O cumprimento da meta exigirá a produção de 13 bilhões de litros de etanol por ano, e o plano é atender à demanda com produção local, a partir de beterraba e de cereais, com custos certamente mais altos que os do processo que utiliza cana-de-açúcar. Os Estados Unidos estão conseguindo aumentar rapidamente sua produção de etanol a partir do milho, mas no ano passado tiveram que recorrer à importações do álcool brasileiro. A China também tem uma produção crescente e planos de impor a mistura, mas poderá ter que recorrer a importações para atender seu enorme mercado. Na Índia, a mistura de etanol começou em algumas províncias. Como problemas climáticos afetaram a produção de álcool, o país foi o maior importador do produto brasileiro no ano passado. Com o aumento das vendas para uso como combustível, as exportações de álcool em 2004 deram um salto no Brasil, atingindo 2,4 bilhões de litros exportados. Espera-se que seja apenas o começo.

expansão das destilarias